Cachorro: ter ou não ter...eis a...putz...que brega!

Mimimi a parte, eu nunca tive um cachorro.

Bom, tentei ter alguns, mas minha mãe me obrigou a devolver todos.

Pelo menos a Tina ficou pertinho, bem cuidada, amadíssima...

Acabei de assistir Marley e Eu...putz...Para variar, desitratei! Preciso tomar agora 2 litros de água para compensar o que chorei.

Andei pensando sériamente em comprar um companheirão, para assistir tv comigo, para me fazer companhia, para cuidar de mim, para eu aprender a cuidar de alguém....para os vizinhos não pensarem que eu falo sozinha. Ok, eu falo sozinha. Hoje tive um papo com o sofá, como estava de bom humor, dei um abração nele e disse que ele era lindo e gostoso! Tá ficando sério.

A primeira reação foi: NÃO. Ter um cachorro é uma péssima idéia. Vai dar trabalho. Vou me apegar e ele não vai viver para sempre comigo.

Bom, aí o amigo John (o do filme...só pra constar) mandou essa:

Para um cão,você não precisa de carrões,de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dara o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?

Parece que eu tenho mais a aprender com um cachorro do que a ensinar. Parece que talvez ter o "trabalho" de cuidar de um, me ensine a ter a resposabilidade de cuidar de alguém que depende de mim. Quem sabe eu não aprenda a amar de maneira incondicional?
Amor incondicional. Hum...pegou! Mas eu amo algumas pessoas incondicionalmente....será? Talvez um cachorro possa me fazer perceber se é tão incondicional assim.

Ok. Ok. Drama! Não estou falando de uma criança, estou falando de um cachorro. Mas...se eu conseguir cuidar de um cachorro, cuidar bem, talvez eu me sinta mais segura para cuidar de uma criança também. Comparação idiota? Não acho. São muito parecidos. Com a diferença que as crianças crescem, se tornam adultos e vão para a vida. Os cachorros crescem, se tornam adultos, envelhecem e morrem....bem do lado do seu dono!

Ah é! Ainda tem essa parte da morte. Mas que prepotência a minha! Achar que vou viver mais que um cachorro! Posso não estar aqui amanhã mesmo. Ou talvez nem consiga terminar esse texto. Quero viver o suficiente. O suficiente para viver meus sonhos e aprender o que for necessário, o suficiente para continuar sendo feliz! Mas não sou eu quem decide isso...se é que isso é decidido por alguém...
Deixar de ter um cachorro porque ele pode morrer antes de mim é uma idéia estúpida. Seria deixar de viver momentos fantásticos, alegrias deliciosas SÓ por causa do meu bom e velho (e em breve EX) medo de ser abandonada, de sofrer.

Não sei se vou comprar um cachorro. Mas sei que ele, mesmo que não se torne real, já me ensinou muita coisa. E o melhor: me fez lembrar que na vida, nada é garantido, nada é certo, não existem certezas, nem verdades absolutas...só existem MOMENTOS!

Se lerem os outros posts de hoje, vão perceber que estou falando muito em MOMENTOS. Eu mesma só percebi agora. Acho que a vida está novamente tentando escrever algo em NEON para mim! Obrigada VIDA!